quinta-feira, 17 de maio de 2018

Foto: Portas Abertas Brasil

HISTÓRIA DA PERSEGUIÇÃO AOS CRISTÃOS

Desde o triste dia em que Caim se levantou contra seu irmão e o matou, a perseguição tem se espalhado sobre a Terra. Do ponto de vista espiritual, os ataques são ainda anteriores aos eventos do Jardim do Éden, remontando ao tempo em que o orgulho de Satanás o fez desejar ser igual a Deus.
Nos dias de hoje, a batalha histórica entre o bem e o mal continua de maneira incessante e a injustiça se acumula, muitas vezes chocando qualquer observador da perseguição ao cristianismo.¹
DEZENOVE SÉCULOS DE PERSEGUIÇÃO
Para antever nosso futuro, primeiro é necessário compreender nosso passado. A perseguição, como temos visto, nunca se afastou da igreja. Certamente, para os que viveram durante as primeiras ondas de perseguição que varreram a história eclesiástica, ser perseguido parecia fazer parte normal da vida cristã.
De fato, a perseguição tem acompanhado a história da igreja, mas ela vem e vai como o movimento das ondas do mar. Os períodos de “tolerância” foram conseguidos a duras penas, seguidos inevitavelmente por novos ataques, tanto por forças de fora da igreja ou, tragicamente, de dentro dela própria. Nós, no Ocidente, no início do terceiro milênio, temos desfrutado de um longo período de liberdade religiosa. A história, no entanto, nos ensina que não há garantia de que essa liberdade continue. Acompanhe a história por capítulos:
A ONDA ROMANA
Durante 300 anos, a igreja no Império Romano sofreu inúmeras ondas de perseguição e opressão, até o imperador Constantino decidir adotar o cristianismo como religião oficial no ano de 313 d.C.
Os primeiros dias de sofrimento foram esporádicos e localizados, mas, depois do incêndio de Roma no ano 64 d.C., o imperador Nero fez dos cristãos o bode expiatório para a tragédia, e a opressão se espalhou. Aqueles que professavam o cristianismo eram torturados e queimados. Era o começo da perseguição por todo o Império, que acabou por alcançar a igreja em todos os cantos. Como consequência, grande parte do Novo Testamento foi escrito na prisão.
No século 2, o autor anônimo da Carta a Diogneto² mostrava a perseguição como parte integral da experiência cristã. Ele escreveu, referindo-se aos cristãos, que eles “amam a todos, mas são perseguidos por todos. São desconhecidos e condenados, recebem a pena de morte e ganham a vida”.
A igreja primitiva teve um rápido crescimento e sofreu repetidos períodos de perseguição. “Se o rio Tigre chega às paredes, se o rio Nilo não cobre os campos, se o céu não se move ou se a terra o faz, se há fome, se há praga, o brado é rápido: ‘Os cristãos aos leões!’”, escreveu Tertuliano³ a respeito dos cristãos, pois eram apontados como culpados por tudo o que acontecia de errado no Império Romano.
Em 250 d.C., durante a mais violenta perseguição que a igreja já enfrentara, o imperador determinou que todos os cidadãos fizessem sacrifícios aos deuses romanos. Eram entregues certificados aos que obedeciam; os que não o faziam, eram presos ou executados.
Já em 303 d.C., o imperador romano Diocleciano ordenou a destruição de todas as igrejas, o confisco dos livros cristãos, a demissão de todos os cristãos do exército e do governo e a prisão do clero. Durante esse mesmo período, Eusébio relatou casos de muitas cidades cristãs que foram arrasadas na Ásia Menor. Essa é considerada a última e “Grande Perseguição”, talvez a mais sangrenta aos cristãos no Império Romano.
Não só a perseguição era considerada um elemento comum da vida cristã, como também aqueles que davam suas vidas por amor a Cristo eram tidos em alta estima. Finalmente, a liberdade foi obtida pelo derramamento do sangue dos mártires. Constantino reverteu o quadro, colocando a igreja no centro do Império.
Uma paz incerta reinou no período que se seguiu. Durante quase 200 anos, a ordem do dia era constituída de certa tolerância, pelo menos dentro das fronteiras da “civilização”. Os fiéis missionários que se atreveram a levar o evangelho às tribos bárbaras fora do mundo “civilizado” – isto é, fora do Império Romano –, os principais povos germânicos, como os hunos, vândalos, visigodos, ostrogodos, francos, lombardos e anglo-saxões, continuaram a enfrentar perseguições.
OS BÁRBAROS E O ISLAMISMO
O historiador norte-americano Kenneth Latourette (1884-1968) chamou o período entre 500 d.C. e 1500 d.C. de “os mil anos de incerteza”. Durante esses dez séculos, o cristianismo enfrentou dois inimigos poderosos e ameaçadores que trariam dor e sofrimento a muitos. A luta era contra os bárbaros e o islamismo.
O primeiro inimigo, os bárbaros, seria finalmente superado com dor e sofrimento, alcançando-se o triunfo do evangelho.
Já a perseguição islâmica foi diferente. Em poucos anos, a igreja seria destruída no Norte da África e subjugada no Oriente Médio, vendo sua própria existência ser ameaçada.
Durante o período chamado pelos historiadores de Idade das Trevas, tribos bárbaras varreram o continente eurasiano em direção ao oeste, vindas dos campos e desertos da Ásia Central, região conhecida como o “berço” das nações. Os bárbaros enterraram todos os vestígios do Império Romano e expulsaram os moradores nativos para as montanhas. A parte estimulante e inspiradora dessa história é que a igreja despertou para o desafio e enviou missionários, como Columba de Iona (521-597, monge irlandês que reintroduziu o cristianismo entre os pictos, na Escócia) e Bonifácio (672-754 ou 755, conhecido como Apóstolo dos Germanos), para ganharem os bárbaros para Cristo.
Foi um trabalho difícil e demorado, e a perseguição nunca esteve ausente. “Cada rebelião do povo era acompanhada pelo ressurgimento do paganismo, e a longa história de martírio e de massacres lança um brilho fúnebre ao processo pelo qual os saxões foram finalmente convertidos”, comenta o historiador Stephen Neil (1900-1984).
Enquanto o sofrimento e a morte eram parte do “preço” para se alcançar os pagãos com o evangelho, a perseguição era o preço da própria sobrevivência da igreja sob o domínio islâmico. Nos cem anos que se seguiram à morte de Maomé, seus seguidores levaram suas crenças até o coração da cristandade, alcançando Jerusalém (638 d.C.), Cesareia (640 d.C.) e Cartago (697 d.C.). Por volta de 715 d.C., a maior parte da Espanha havia caído perante os muçulmanos, que só conheceriam a derrota no ano de 732 d.C., quando foram batidos por Carlos Martel em Tours, na França.
Para as igrejas que sobreviveram, as consequências das conquistas muçulmanas foram treze séculos de escravidão, a redução dos cristãos à condição de cidadãos de segunda categoria, a humilhação e a perseguição institucionalizada. Ser cristão e viver sob domínio islâmico naquela época significava ter de pagar uma taxa per capita e ver os filhos serem levados pelo imperador árabe.
A IGREJA INSTITUCIONALIZADA
O cristianismo havia acabado de alcançar os limites da Europa, no final do primeiro milênio, quando algo novo começou a agitar aquilo em que se havia transformado a igreja institucionalizada, com sede em Roma. Em vários lugares, pessoas insatisfeitas com a religião oficialmente estabelecida começaram a buscar uma nova espiritualidade.
Esses movimentos acabariam levando à Reforma e a uma nova onda de perseguição que, nascida dentro da própria igreja, duraria quase 500 anos. Era o começo de uma luta que tornaria a perseguição parte da experiência cristã, como nos primeiros 300 anos de existência da igreja.
A reação do papado em relação a todos os novos movimentos foi rigorosa e inevitável. No século 12, os valdenses4 foram perseguidos e excomungados. Em 1415, o reformador religioso John Huss (1369-1415) foi morto na fogueira. Em 1498, Giralamo Savonarola (1452-1498) foi martirizado, um padre dominicano que pedia reformas na igreja católica. No início do século 16, a reforma de Lutero começou um movimento de renovação espiritual que tornaria novamente a perseguição e o martírio uma parte comum do preço do compromisso espiritual.
Quarenta anos após Lutero ter fixado suas 95 teses na porta da igreja de Wittenberg, John Foxe publicou O livro dos mártires, uma das publicações mais influentes a aparecer na Inglaterra ao longo de um período de 200 anos. Na era elizabetana (período entre 1558 a 1603), toda casa tinha a Versão Autorizada da Bíblia e um exemplar da obra de Foxe.
Foxe documentou a vida dos que haviam sido perseguidos e morrido por sua crença ao longo dos anos, como precursores da Reforma Protestante: Wycliffe e Huss, Jerônimo de Praga, Tyndale e John Hooper, Ridley, Latimer e Cranmer. A popularidade do livro é uma prova de que a perseguição era parte do preço que muitos cristãos esperavam pagar por sua fé naqueles tempos tumultuados.
A história ainda apresenta a nós vários outros exemplos de intolerância à religião cristã. Na Europa continental, os anabatistas – que desenvolveram ideias tidas radicais tanto de ordem religiosa quanto social – tiveram seus próprios mártires e sofreram 25 anos de amarga perseguição. Na Inglaterra, os cristãos puritanos5 tiveram de deixar o país no século 17 em busca de liberdade religiosa nas colônias norte-americanas. Na França, dez mil protestantes franceses foram massacrados na noite de São Bartolomeu e, mesmo após o Edito de Nantes – decreto promulgado em 1598 pelo rei Henrique 4 que concedia liberdade religiosa aos protestantes –, os huguenotes6 continuariam a ser perseguidos. Jean Crespin (1520-1572), um advogado, registrou a realidade enfrentada pelos protestantes franceses em seu livro The Martyrologe, um testemunho do sofrimento dos huguenotes e dos valdenses, assim como da condenação de centenas de cristãos às galés, navios movidos a remos.
UMA NOVA TOLERÂNCIA
Durante cerca de 300 anos, os cristãos reformados (e, em certo grau, os católicos em países protestantes) sofreram violenta perseguição. Uma nova tolerância finalmente se instalou na Inglaterra e na Holanda no final do século 18, enquanto no restante da Europa isso aconteceu no final do século 17. Cansada das sangrentas guerras religiosas e inspirada pelo pensamento “iluminista”, de que a religião deveria ser separada da vida cotidiana, a perseguição aberta acabou no Oeste da Europa e na América do Norte (apesar de continuar havendo uma certa discriminação contra os protestantes nos países católicos).
No final do século 19, impérios “cristãos” europeus encontravam-se espalhados pelo mundo. Sob o manto protetor dos poderes coloniais, aquele havia sido o século da grande missão, e igrejas haviam sido plantadas nas nações recém-colonizadas. A igreja acreditava que podia alcançar o mundo antes do início do século 20. A perseguição era esporádica, e os que sofriam eram os nativos convertidos. Até Samuel Zwemer (1867-1952), um importante missionário norte-americano que atuava no mundo muçulmano, acreditava que era apenas uma questão de tempo para que os muçulmanos fossem alcançados para Cristo. De alguma forma, a igreja ocidental esqueceu que a perseguição existia.
O SÉCULO 20: COMUNISMO E NACIONALISMO
Cem anos de relativa paz acabaram de repente para a igreja nos primórdios do século 20. Apesar da alegação de alguns, não há certeza de que esse tenha sido o século em que os cristãos mais sofreram perseguições, mas dois fatores foram responsáveis pela grande onda de perseguição que ocorreu nele.
O primeiro foi o nascimento de uma nova doutrina ateísta – o comunismo – parecida com o cristianismo e o islamismo em sua visão de alcançar o mundo. Desde a Revolução Bolchevista de São Petersburgo, em 1917, a igreja foi a primeira a ser perseguida onde quer que o comunismo fincasse o pé. A rapidez de suas conquistas e o grau de opressão da igreja tornou sua violência comparável à atuação dos exércitos árabes do século 7.
Durante os 70 anos em que viveram sob a influência de Moscou – e ainda hoje em países “comunistas” como a China, a Coreia do Norte, o Vietnã e Cuba –, os cristãos têm sofrido discriminação, tortura, violência, prisão e assassinato por causa de sua fé.
O segundo fator foi o novo “nacionalismo” e o fim dos impérios coloniais a partir do término da Segunda Guerra Mundial. Quando as nações se libertaram da opressão colonial, colocaram uma nova ênfase em sua cultura e religião originais. As nações recém-libertas primeiro se voltaram para o marxismo como modelo econômico, o que provou ser um terrível erro. O imenso fracasso do socialismo em dar-lhes o crescimento econômico e a independência pela qual ansiavam e de que precisavam foi, por sua vez, campo propício para o surgimento do extremismo religioso. O cristianismo era visto como uma importação do Ocidente, e as igrejas implantadas pelos missionários eram consideradas herança indesejável do colonialismo. Acompanhe a história nos capítulos seguintes:
O ESTRANHO SILÊNCIO DA IGREJA OCIDENTAL
A tragédia do século 20 é que, enquanto a igreja fora dos Estados Unidos e da Europa Ocidental começa a experimentar essa nova contenda, que resulta em violência e derramamento de sangue, os cristãos ocidentais permanecem estranhamente silenciosos. A perseguição da igreja foi, quando muito, reconhecida superficialmente, e pouco foi feito para levantar a voz pelos que estavam na prisão e sofrendo em razão de sua fé.
Em 1975, dois cristãos ortodoxos soviéticos, Gleb Yakunin e Lev Regelson, escreveram para o Conselho Mundial de Igrejas (CMI), que organizava sua 5ª Assembleia em Nairóbi, lamentando que “o assunto da perseguição religiosa deixava de ocupar o lugar que merecia”. O CMI, incoerentemente, se recusava a discutir a perseguição da igreja nos países comunistas, enquanto levantava a voz para falar sobre os direitos humanos em outras partes do mundo. Muitos cristãos no mundo comunista também se sentiram traídos quando outros evangélicos se recusaram a defender sua causa quando visitavam seus países.
Houve poucas vozes que defenderam a Igreja Perseguida, como o Irmão André, Richard Wurmbrand, Michael Bordeaux e outros. No entanto, eles foram vozes no deserto.
No entanto, por que o silêncio? O que poderia explicar a desatenção e a despreocupação da igreja ocidental?
Em primeiro lugar, havia uma simpatia intelectual pelo socialismo entre muitos clérigos, o que facilitou erros de informação e permitiu que agentes influentes corressem soltos dentro das denominações. O mesmo é válido para o islamismo. Jacques Ellul (1912-1994), teólogo e um dos líderes da resistência francesa durante a Segunda Guerra Mundial, mostrou como muitos intelectuais franceses tiveram a tendência de considerar os muçulmanos como um “povo oprimido”, colocando a cultura islâmica e a tolerância em um pedestal, encarando com descrédito as alegações de crueldade contra mulheres e não seguidores da religião muçulmana.
Em segundo lugar, a perseguição contrariava os princípios dos que acreditavam em um evangelho triunfante, que prometia cura e saúde como parte do pacote da mensagem evangelística aqui na Terra. O chamado “evangelho da prosperidade” não podia soar verdadeiro se alguém falasse sobre cristãos na prisão ou sobre pessoas que sofriam com a pobreza e a discriminação por colocarem Jesus em primeiro lugar em suas vidas.
Em terceiro lugar, havia uma reação contra a Guerra Fria e uma suspeita de que os missionários ocidentais eram manipulados pela CIA – a agência de inteligência civil dos Estados Unidos. Da mesma forma, também havia resistência por parte da igreja livre em acreditar que membros da KGB – a principal organização de serviços secretos da ex-União Soviética – se infiltrassem na Igreja Perseguida. Excesso de simplicidade e, talvez, exagero de algumas missões e de cristãos “não registrados” (membros da igreja não oficial, sem apoio do governo) somente alimentaram o clima de desconfiança.
Finalmente, a desinformação e a bem-sucedida divisão das igrejas dos países comunistas em “registradas” e “não registradas” garantiram um fluxo constante de visitantes ocidentais para contemplar a “liberdade” das igrejas na ex-União Soviética. A tática de “dividir para controlar” foi aplicada com sucesso à igreja ocidental pelos governos comunistas. Missões e organizações ocidentais que quisessem ter um ministério “oficial” nos países comunistas eram obrigadas a recitar a propaganda oficial.
É estranho que a “redescoberta” da Igreja Perseguida tanto pelas principais denominações evangélicas como pelas igrejas tradicionais aconteceu quase em seguida à abertura das fronteiras do Leste Europeu depois da queda do Muro de Berlim. Ondas de visitantes ocidentais na Romênia e na Rússia, em 1989 e 1990, ouviram, pela primeira vez, a realidade da perseguição da boca dos cristãos que estavam visitando. Eles tiveram sua própria perestroika (palavra russa para reestruturação) ao reorganizar suas concepções e admitir a realidade do que vinha acontecendo lá durante anos.
É uma triste acusação o fato de que boa parte da cristandade ocidental tenha precisado ver a queda do comunismo para finalmente reconhecer a realidade da perseguição na esfera dos países dominados por essa ideologia. Isso significou um atraso de 70 anos no serviço à Igreja Perseguida.
A DÉCADA DE 1990
Muitos analistas acreditam que durante a década de 1990 houve uma mudança de postura. A Associação Evangélica Mundial passou a considerar o problema da perseguição religiosa como uma prioridade, e a entrega do Prêmio da Liberdade Religiosa dessa organização ao Irmão André em 1997 é um testemunho disso.
Organizações, como o serviço de informações da Portas Abertas, têm contribuído para despertar a consciência geral para a realidade da Igreja Perseguida ao redor do mundo. As missões têm dado ênfase especial em alcançar países da chamada janela 10/40 – região que se estende desde o oeste da África até o leste da Ásia, entre os paralelos 10 e 40, ao norte do Equador. Pelo fato de a igreja nessa região ser a mais perseguida do mundo, a condição dos cristãos oprimidos tem sido bastante divulgada.
O PERIGO É IMINENTE
Durante quase 200 anos, o cristianismo ocidental levou uma vida protegida, livre de perseguição. Em lugares onde tem havido opressão – no Bloco Oriental e em países subdesenvolvidos economicamente –, os ocidentais têm sido pouco mais que espectadores interessados. Seria ingênuo, no entanto, esperar que as coisas continuem assim enquanto o Ocidente entra em uma nova era, na qual a cultura que garante a liberdade tem sido continuamente atingida.
As nações ocidentais estão tentando lidar com a multirreligiosidade e o multiculturalismo. Como resultado, o conceito de “tolerância” tem sido valorizado, mas seu significado vem sendo sutilmente alterado. Tolerância, agora, exige negar que qualquer um tenha fé absoluta.
O medo da expansão de seitas extremistas, especialmente na Europa continental, tem provocado uma reação contra todas as religiões minoritárias, que são vistas como seitas. Comissões parlamentares na Bélgica e na França rotularam as igrejas evangélicas de seitas em meados da década de 1990. É interessante notar que, enquanto a Corte Europeia de Direitos Humanos sustenta o direito do indivíduo de manter ou mudar de credo, o direito de “exercer proselitismo” é deixado aberto à interpretação dos diferentes países.
O desafio para a igreja ocidental, no século 21, será não apenas continuar acordada para fortalecer a igreja ao redor do mundo – enquanto esta enfrenta novas ondas de perseguição –, mas também ficar atenta ao que está acontecendo em seu próprio quintal. Isso será uma tarefa de valor inestimável.
Os cristãos ocidentais não podem mais esperar desfrutar impunemente os privilégios da liberdade como no passado. Nos anos vindouros, a liberdade religiosa será, sem dúvida, um desafio.
A VIAGEM AO NOVO MILÊNIO
No fim do século passado, o comunismo russo entrou em colapso e o Muro de Berlim caiu. Muitos dos antigos desafios da Igreja Perseguida foram conquistados e muitos de seus objetivos impossíveis, alcançados. Mas agora, de longe, o nosso maior desafio está à frente de nós: o islamismo.
Hoje em dia, o islamismo é a religião que cresce mais rapidamente do que qualquer outra em diferentes partes do mundo, inclusive nos Estados Unidos.7
Segundo o Irmão André, há uma explicação para isso, pois há muito o que admirar no islã: parte de seu sucesso é o apoio oferecido à comunidade, que afirma ser a resposta para os problemas econômicos e sociais; o islã promove uma vida saudável, com comunidades livres de drogas e álcool e centradas na oração, o que segura pais e chefes de família em casa. Irmão André alerta que dos milhões de muçulmanos em todo o mundo, a grande maioria não é de terroristas, mas é pacífica, com homens e mulheres focando em famílias trabalhadoras.
A dificuldade em relação ao islamismo, segundo o Irmão André, está no segmento extremista do islã, com a demanda de seus líderes por obediência total. Nesse ponto, o islamismo tem muito em comum com o comunismo. Nas repúblicas da Ásia Central – que faziam parte da antiga União Soviética –, Turcomenistão, Uzbequistão, Cazaquistão, Tadjiquistão, Quirguistão, formas fundamentalistas do islã estão lutando pelo controle sobre a sociedade. No Afeganistão, elas já dominam. O efeito sobre a vida das pessoas dessas ditaduras teológicas que reivindicam o corpo, a alma e o espírito do indivíduo é o mesmo que no comunismo. Por isso, à medida que os fundamentalistas ganham poder, imediatamente começam a atacar os cristãos. O totalitarismo é mais completo se combinado à religião.

sábado, 17 de agosto de 2013

Vejam que as cajaranas já estão bem maduras.


Vejam que as cajaranas já estão bem maduras.

Por Campos Neto

Na madrugada de 17 de Agosto de 2013, o Senhor me deu um sonho. Sonhei que tinha passado por vários lugares em volta do mundo, entre eles Japão e Grécia. No sonho, em um dado momento estávamos, eu e um companheiro missionário passando por uma rua, em uma pequena cidade, a qual não sei o nome, mas eu entendia no sonho, que ficava localizado no interior da Inglaterra. Ainda no sonho eu falava com duas senhoras, que encontramos no caminho, eu as dizia que tanto eu como meu colega missionário, já tínhamos morado em todos os lugares onde passamos inclusive no Monte Fuji do Japão.
As duas senhoras eram uma mais alta e de corpo mais afinado e outra mais baixa e de corpo mais forte. No sonho, repentinamente testemunhávamos a respeito do evangelho para as duas, eu olhava para a senhora mais baixa e a via triste e com olhar cabisbaixo. Ainda no sonho eu a abraçava e ela começava a chorar. Neste momento ela aceitava o convite de vir a Cristo. No mesmo sonho eu olhava em volta e percebia que o cenário havia mudado, mas eu entendia que já tinha se passado algum tempo, e nós tínhamos retornado a aquela casa e aquelas duas senhoras estavam oferecendo um chá para uma multidão de outras mulheres, eu olhei no rosto da senhora mais baixa e notava um brilho, uma alegria e uma motivação diferente em sua vida. Aquela senhora que em outro tempo estava triste e desiludida da vida, agora estava ali na minha frente, vestindo roupas típicas de uma mulher inglesa e com um belo chapéu em sua cabeça. Eu a vi levantando-se da cadeira a qual estava sentada e as demais mulheres vestidas igual a ela, levantaram-se em seguida, mostrando assim, que aquela mulher de ânimo fraco, havia se tornado em uma líder impetuosa e convicta na pregação do evangelho do Senhor Jesus Cristo.
Naquela mesma cidadela no interior da Inglaterra, eu saí até ao pátio da casa daquelas senhoras e vi vários cercados com muitas pilhas de cajaranas. Cajarana para quem não sabe é o fruto da cajaraneira (*Spondias sp), também conhecida como umbu-cajá ou cajarana do sertão, árvore que pertence a família Anacardiacea, à qual pertence também outras espécies como umbu (Spondias tuberosa)muito comum em vários regiões do Brasil inclusive aqui no sertão do nordeste. *trecho tirado do site: http://www.frutiferas.com.br/htm/cajarana.htm.
O que me chamou bastante atenção foi que esta planta é nativa do Brasil e muito raramente se ouve falar do seu cultivo em outros países. Outra coisa bem interessante é que os frutos que eu vi da cajarana eram tão grandes que chegavam a ser quase do tamanho de uma laranja e outra característica bem interessante é que eles eram tantos, que não se podia contar e estavam tão maduros que a maioria já estava estragando.
Eu acordei e o Senhor me deu a interpretação do sonho.
Parte é particular e não posso relatar aqui no momento. A Inglaterra representa os confins da terra e as cajaranas grandes e maduras mostram que já está mais do que na hora de sairmos de nossas vidas medíocres e avançarmos na pregação do evangelho. O mundo já está mais do que preparado para receber o evangelho do Senhor Jesus.
Em um contexto onde a igreja sofre uma enorme crise de identidade, com muitos dos nossos líderes cada vez mais sem compromisso com a palavra de Deus. Gananciosos, preocupados somente em engordar as suas contas bancárias, com crentes cada vez mais frios no amor ao evangelho e querendo cada vez mais parecer com o mundo; com a fileira dos que encabeçam a igreja apóstata crescendo todos os dias de forma assustadora. O Senhor Jesus está contando comigo e com você para esta tarefa de levar a sua Palavra. Precisamos deixar de curtir e de apenas chorar ao vermos fotos de pessoas sofrendo algum tipo de flagelo quando abrirmos a nossa página no Facebook, Como cita um missionário que faz parte de uma agência que envia missionários para todo o mundo. Precisamos agir de forma real, orando ao Senhor para que nos capacite a esta tarefa, e que Ele devolva-nos a paixão que já tivemos em outrora pelo seu Ide.
Todo mundo sabe que quando estamos apaixonados fazemos muito mais do que podemos. Lembro-me que certa vez namorei uma moça na cidade de Mossoró/RN e eu estava tão apaixonado por ela que eu atravessava sozinho, a pé e a noite, mais de 3,5 km na ida e na volta até a casa dela em um total de mais de 7 km de percurso entre o bairro do Alto São Manoel e a minha casa no final do bairro Aeroporto. Esse trajeto eu fazia todos os dias de segunda à segunda-feira e nunca reclamava, ao contrário, ficava contando as horas no relógio para chegar o momento de me dirigir até lá. O que tem faltado em nossos corações é a paixão pelo evangelho de Jesus, é o ardor em cumprir o ide do Mestre. Se tivermos a metade da alegria em pregar o evangelho que temos quando vamos trocar o nosso carro novo, com certeza produziremos muitos frutos na seara do Senhor. Se tivermos a metade da alegria que temos quando vamos comprar o nosso tablet de última geração, se tivermos o empenho em estudar as Sagradas Escrituras como temos em descobrir como ele funciona, com certeza muitas vidas serão transformas por meio da nossa mensagem. Se seguirmos os passos de Jesus com certeza nos preocuparemos menos com nós mesmos, com os nossos interesses e nos importaremos mais com as pessoas e como elas passarão sua eternidade. Se levarmos a sério o Senhor Jesus e nos submetermos ao seu senhorio, com certeza conseguiremos cumprir o seu mandamento no qual Ele nos diz para irmos e darmos muitos frutos.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Não vos Conformeis

Não vos Conformeis - Carta da VINACC à igreja brasileira




A VINACC – Visão Nacional Para a Consciência Cristã – promotora do Encontro Para a Consciência Cristã há 15 anos em Campina Grande-PB, lançou, nesta sexta-feira (15/03), uma carta endereçada aos evangélicos brasileiros, exortando-os a não se conformarem com este século, conforme mensagem do apóstolo Paulo aos Romanos, capítulo 12, versículo 2.
A Carta é resultado de obervações feitas durante as sete ministrações noturnas do XV Encontro Para a Consciência Cristã, realizado de 6 a 12 de fevereiro de 2013, pelos pastores: Hernandes Dias Lopes, Geremias do Couto, Renato Garcia Vargens, Aurivan Marinho, Mauro Meister, José Bernardo e Ricardo Bitun. Eis a carta na íntegra.

Não vos conformeis

Carta da 15ª Consciência Cristã

A Igreja Brasileira, solidamente representada no XV Encontro para a Consciência Cristã, realizado em Campina Grande de 6 a 12 de fevereiro de 2013, incumbiu-se de avaliar a situação do movimento evangélico em nossa nação, à luz da convocação que o apóstolo Paulo fez aos crentes em Roma, para a prática da teologia que ensinou nos onze primeiros capítulos da carta que lhes escreveu: “Portanto, irmãos, rogo pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional  de vocês.  Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”
Vivemos tempos de grande inquietude para aqueles que decidiram conhecer, praticar e ensinar as Escrituras como a Palavra de Deus. Por todo lado se ouve de heresias, mundanismo, desvio e promiscuidade com toda sorte de ideias de homens: por fraqueza e ignorância, por conveniência e prazer, por ganância e apostasia. Os lobos passeiam livremente pelo meio do rebanho e dilaceram as ovelhas e o dano que fazem nos horroriza; não podemos observá-lo passivamente. Exortamos e animamos a igreja a tomar-se de um inconformismo santo que a impulsione à mudança. Nós chamamos a Noiva a encher-se de um descontentamento que a leve à transformação no íntimo, cremos que somente assim experimentaremos as coisas boas e desejáveis que Deus quer para nós.

Não vos conformeis com a amargura
A felicidade exaustivamente propagandeada nos comerciais de televisão é fugidia. De fato, vivemos em um mundo cada vez mais infeliz, amargurado, cheio de angústias, desespero e perplexidade. A infelicidade serve apenas aos mercadores de sonhos e envolve as pessoas em uma inútil e ansiosa corrida. Nesse cenário a depressão é uma pandemia que afeta a Igreja tanto quanto o mundo e enfraquece a motivação para a transformação e para o serviço. Sabemos que a alegria do Senhor é a nossa força, mas nossa alegria é roubada todos os dias: a) pelas circunstâncias, quando não conhecemos a grandeza de Deus; b) pelas pessoas, quando não exercemos o perdão; c) pelo dinheiro, quando amamos as coisas materiais; d) pela preocupação quando nos falta fé. Deixemos de lado essa tristeza mundana e abracemos a alegria no Senhor nosso Deus.

Não vos conformeis com a soberba
A arrogância do ser humano chega a tal ponto que ele se achou dono da verdade, cada um de sua própria e particular verdade. As pessoas tornaram-se tão evidentes aos próprios olhos que não podem mais enxergar o próximo e são incapazes de ver Deus. A Igreja tem sido afetada por esse orgulho, por essa vaidade, e sofrido as mesmas consequências que em Babel: Como Igreja, estamos separados, divididos, não nos entendemos e não servimos a Deus, porque estamos cultuando mais a homens e aos desejos da carne, porque estamos construindo para nossa própria glória, achando que podemos atingir o céu por nossos próprios méritos. Deus, em sua graça insuperável, poderia nos lembrar de que somos pó, mas temos fugido disso: a) quando rejeitamos o sofrimento; b) quando desprezamos o autocontrole; c) quando valorizamos nossos próprios desejos; d) quando ignoramos os planos de Deus para nós. Venha Igreja! Gloriemo-nos em nossas fraquezas, pois quando estamos fracos é que somos fortes.

Não vos conformeis com o pecado
Ló, separando-se de Abrão, escolhendo as campinas verdejantes, tão aprazíveis que se pareciam com o Jardim do Senhor, ficando cada vez mais perto de Sodoma e Gomorra e finalmente perdendo tudo, é um modelo do que acontece com a Igreja e com os crentes hoje. A cobiça dos olhos tem atraído, seduzido, gerado pecado e morte. A ganância pelas coisas materiais, pelo sucesso a todo custo, a busca insana pela aceitação do mundo e pela fama têm sido tão envolventes e ilusórias que os crentes se aproximam do pecado achando que estão encontrando a bênção de Deus. O pecado se torna aceitável e tão comum que às vezes parece obrigatório. Nesses dias chamamos a Igreja para reagir, nós a conclamamos a: a) odiar o pecado como Deus o odeia; b) fugir do pecado como Deus ordenou; c) buscar a santidade como Deus é santo; d) denunciar o pecado falando o que Deus diz sobre ele. Confiados de que temos recebido na graça os recursos para uma vida em santidade, chamamos os crentes a serem amigos de Deus, porque os amigos do mundo são inimigos de Deus.

Não vos conformeis com a igreja
Quando as igrejas estão se conformando com o mundo, não podemos nos conformar com elas. A Igreja sempre lutou contra heresias: Os judaizantes e os gnósticos no primeiro século, os ataques à humanidade ou à divindade de Cristo, a mercantilização da salvação na Idade Média, a negação da Verdade na modernidade, a contaminação da verdade na pós-modernidade. A diferença é que hoje a crise que a Igreja enfrenta é eclesial. As pessoas percebem que as igrejas têm se desviado do plano de Deus e, com isso, as abandonam e menosprezam. O inconformismo que a Palavra de Deus exige de nós nada tem a ver com essa atitude de descompromisso. A Igreja é uma instituição divina e se expressa institucionalmente. Somos chamados a enfrentar o mundanismo e o pecado dentro dela, não pelo abandono, mas lutando para que seja a Igreja que Cristo quer: a) igreja com a missão de Cristo; b) igreja com a confissão de Cristo; c) igreja com a revelação de Cristo; d) igreja com a autoridade de Cristo. Não nos conformemos! Há esperança para a Igreja do século XXI, pois é Deus quem estabelece a revelação que a mantém. Portanto, trabalhemos por uma igreja que cumpra o propósito dado pelo Senhor segundo os recursos que Ele mesmo provê.

Não vos conformeis com o culto
O culto que oferecemos a Deus nesse mundo tem sido marcado pela alienação e pelo simplismo. As pessoas nos conhecem mais por nossas obrigações do que por nossas motivações, mais por nossos costumes do que por nosso pensamento. Nossa adoração a Deus não tem produzido os resultados que Deus espera de nós, em nossas vidas ou nas vidas daqueles que nos observam. Mas Deus nos chama para um culto em que nos ofereçamos continuamente em santidade ao Senhor, de modo que isso seja primeiro agradável a Ele e, assim, se torne agradável a nós. Esse culto que devemos oferecer a Deus deve ser: a) fundamentado em sólido conhecimento das Escrituras; b) caracterizado pelo dar de nós mesmos; c) distinguido pela renovação de nossa mente; d) resultante na experimentação da vontade de Deus. Não nos conformemos com um culto que não seja aceitável a Deus. Seja o nosso culto um sinal da presença de Deus para todos os homens, um testemunho incontestável da graça salvadora de Jesus. Ofereçamos a Ele um culto que o agrade verdadeiramente e comecemos isso, como Paulo, pelo ensino da sã doutrina.

Não vos conformeis com o silêncio
A Igreja foi chamada para comunicar o Evangelho e ensinada por Cristo a fazê-lo na pregação, no ensino, no testemunho e na representação. Como crentes em Cristo não podemos nos calar a qualquer pretexto ou em qualquer situação. Devemos obedecer a Deus primeiro, não aos homens, e responder a quem quer que questione a esperança que recebemos em Cristo. Mas a Igreja tem se calado nas escolas e universidades, nos locais de trabalho e nos lugares públicos, com os amigos e os vizinhos, às vezes com a própria família. Os crentes têm emudecido por causa das leis, para não perder os amigos ou clientes, para não perder o status ou o emprego, temendo multas e prisão. A Igreja tem sido afrontada com mentiras e calúnias, ameaçada e desprezada, e não tem sido capaz de responder, porque teme coisa que acha pior. Nesse cenário somos chamados a: a) não ter medo como as pessoas do mundo; b) não ficarmos alarmados diante da perseguição; c) termos Cristo como único Senhor, único dono de nossa vida; d) nos prepararmos para responder a qualquer pessoa que questione a esperança que temos em Cristo. Rompamos o silêncio e anunciemos o Evangelho, respondamos a qualquer pessoa e em qualquer situação, a tempo e fora de tempo!

Não vos conformeis com a morte
Muitos líderes têm deixado uma lacuna de integridade, um vazio de direção, uma ausência de paz no meio da Igreja. Nosso povo, muitas vezes, está perplexo, confuso, inseguro e isso causa temor e angústia acerca do futuro da Igreja. Essa era a situação de Israel no início do livro de Isaías. O inimigo estava às portas, o pecado consumia o povo e o rei morreu deixando um trono vago. Nessa situação o profeta teve uma visão que a Igreja Brasileira também precisa ter: a) uma visão da soberania de Deus; b) uma visão da santidade de Deus; c) uma visão da miséria humana; d) uma visão dos meios para a salvação. Depois dessa visão Isaías pode ser comissionado para o ministério que denuncia o pecado e que anuncia a restauração. Diante dos problemas e dificuldades que enfrentamos na Igreja nesses dias, não podemos nos conformar com a mesmice, não podemos nos entregar à estagnação, não podemos nos conformar com uma igreja morta. Deus reina soberano, Ele é santo, Ele ama a nós pecadores e proveu meios para nos salvar, portanto, apresentemo-nos para a missão que Ele anuncia. A revelação dessas coisas deve ser continuamente enfatizada aos crentes, até que, inconformados, clamem contra o pecado e celebrem a alegria da salvação.

Aos trinta dias do encerramento do 15° Encontro para a Consciência Cristã, em 12 de março de 2013, nós reafirmamos, juntos, que não nos conformamos com a estagnação da presente era, antes buscamos mudança pela renovação de nossa mente.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Apologética Bíblica - A Legalização da Prostituíção no Brasil

Pessoal o texto abaixo é uma resposta ao e-mail mandado pelo deputado federal Antônio Bulhões do PRB. Ele fala no e-mail que é contra o aborto e segundo ele existe um risco da Câmara dos Deputados aprovar uma lei que legaliza a prostituição no Brasil.

Foto: zetrusk.blogspot.com.br

  Caro Deputado Antônio Bulhões, espero que você e sua família e todos os seus, estejam gozando de boa saúde. Meu nome é Campos Neto e moro no interior do Rio Grande do Norte, a cerca de 180 Km da capital do Estado.

Ao receber seu e-mail fiquei ainda mais convicto que a nossa sociedade está em processo degenerativo, sendo que o processo se inicia na ordem inversa, ou seja, a pirâmide está de ponta cabeça. A degradação começa no mais auto escalão da nossa sociedade, com pessoas que deveriam ser referência, moral, intelectual e social. Na verdade eles estão imprimindo na mente dos mais baixos na escala desta pirâmide, valores nocivos e degradantes, com isso contribuindo para a necrose e posterior extinção daquilo que é a essência da nossa sociedade; a "Família", instituída pelo próprio Criador como consta no livro de Gênesis cap. 1. vers. 27-28.

A prostituição traz problemas diversos a sociedade, como a agressão moral, que as pessoas que se submetem a este tipo de prática, sofrem constantemente, minando seus sonhos, seus anseios, sua alto estima e trazendo feridas as suas almas tão profundas que água e sabão jamais poderão limpar e o pior de tudo é que eles afastam as pessoas do seu criador como diz o texto sagrado no livro do profeta Isaias cap. 59.2 “mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados esconderam o seu rosto de vós, de modo que não vos ouça.”. Aprovar a legalização da prostituição, do aborto e de outros tipos de comportamentos, que ferem diretamente a preservação dos bons valores morais e da espécie humana, é simplesmente dizer: Deus você não sabe de nada, e tudo o que você escreveu na Bíblia está errado e para mim não serve.

A legitimidade de uma casa, que se diz defensora dos interesses da família brasileira, deve ser questionada quando ela torce valores que foram criados pelo próprio criador. O Criador da maior organização social já instituída na terra, a "Família". Finalizo citando o que Tiago diz com muita propriedade: “Por acaso pode a mesma fonte jorrar água doce e água amarga?” Tiago cap. 3.vers. 11
 
 
Sem mais no momento, meu muito obrigado.

Atenciosamente,

Miss. Campos Neto e Família.

Rio Grande do Norte, 22 de março de 2013
 

domingo, 17 de março de 2013

Apologética Bíblica - Em defesa do Beijo




Em defesa do beijo
Por Campos Neto
Quem não lembra do seu primeiro beijo? Com certeza foi memorável. Lembro-me que ficava muito entusiasmado ao ver aquela propaganda do creme dental Close Up em que todo mundo sai beijando todo mundo, todo mundo com os dentes muito brancos que quando abriam a boca, nós que estávamos do lado de fora da TV, ficávamos até ofuscados com a brancura dos dentes dos atores.
Em uma das novelas recentes da TV Globo “Guerra dos Sexos” em sua nova versão; na vinheta de lançamento vemos uma multidão de mulheres e uma multidão de homens parando em frente uns dos outros e quando pensamos que eles iriam se engalfinhar em tapas, chutes e pontapés, ficamos surpresos ao ver que de repente começam todos de uma só vez, como em um nado sincronizado, a se beijarem e a caírem uns por cima dos outros e acredito que nesse momento é até bom tirar as crianças da frente da TV. A onda agora é beijar e beijar muuuuuuuuuuuito.
É muito comum nas micaretas(Carnaval fora de época) que temos aqui no Brasil vermos o que chamamos de concurso de beijos, quem beijar mais durante a festa, falo quantitativamente não de intensidade, é o vencedor da maratona. Não importando quem beijar, onde beijar e como beijar, mas beijar, beijar e beijar. Quem nunca viu os filmes de Hollywood, onde a cena mais esperada da platéia, principalmente feminina, era o beijo romântico. Ainda lembro-me da música que tocava quando Scarlett O'Hara(Vivien Leigh) e Rhett Butler(Clark Gable) se beijavam apaixonadamente no filme “O Vento Levou", um clássico do cinema americano que teve sua extréia nos cinemas no ano de 1939. Claro que só vi reprises, não sou tão velho assim.Rs.
O problema é que toda essa media feita em torno do beijo, tem incitado os nossos jovens a obter um comportamento irresponsável, diante de uma coisa tão séria e sem falar na banalização de um ato tão bonito e deleitoso para estimulação da procriação e bem estar do casal, marido e mulher. Existe muito mais coisas por traz de tudo isso do que pensa a nossa vã filosofia como consta em pesquisa abaixo.
*Segundo o site português da Universidade do Porto: Ciência 2.0 a Filematalogia, a ciência que estuda o beijo, tem muito mais a dizer sobre o assunto.
Cerca de 90 por cento da espécie humana comunica através do beijo, mas ele é muito mais do que o contacto entre lábios. É que é através de um beijo, por exemplo, que se escolhe o parceiro sexual, diz-nos Margarida Braga, do Departamento de Psicologia Médica da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), citando um estudo de 2007 publicado na revista científica “Evolucionary Psicology”, sobre as diferenças de género em relação ao ato de beijar.
Esta distinção entre homem e mulher está relacionada com o nome que se dá à ciência do beijo – a filematologia, devido a uma característica etológica. “Pensa-se que de alguma forma cabe às fêmeas escolher o seu parceiro para procriar e que têm uma obrigação filogenética de encontrar um bom companheiro”, explica a docente.
Mas afinal de onde vem o beijo? Existem pelo menos duas explicações que podem esclarecer a sua origem. De um lado, Margarida Braga refere-nos uma teoria apontada: “Existem teorias de que o beijo tem a ver com a alimentação boca a boca, como as aves, em que a mãe deposita com o seu bico a comida no bico da ave. Mas já há desafios a esta tese. De alguma forma os cuidados maternais passam muito pelo beijo, de ensinar à criança a importância desta manifestação”. Por outro, em relação ao beijo com conotação mais sexual, sabemos que se relaciona com o olfato e o paladar, uma explicação dada ao Ciência 2.0, por Ana Alexandra Carvalheira, presidente da Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica: “É muito possível que tenhamos começado a beijar para sentir o gosto e o cheiro de alguém”.
Estes dois sentidos, olfato e paladar, têm uma função importante no beijo. De acordo com Ana Carvalheira, o olfato é “o órgão mais primitivo e mais poderoso a nível sexual naquilo que é a atração e o prazer”.
O beijo liberta a oxitocina, um hormônio ligado ao amor e também a excitação sexual. Através desta libertação, aumentam também os níveis de dopamina, neurotransmissor associado ao prazer, pois o circuito cerebral considera positivo o incremento da oxitocina. Esta substância faz-nos referir mais uma diferença entre homem e mulher esclarecida por Margarida Braga – é que “aumenta mais nos homens do que nas mulheres”.
Sabe-se, resumindo, que a estimulação cerebral causada por um beijo leva à produção de oxitocina, noradrenalina, dopamina e serotonina [influenciam o humor, ansiedade, sono e alimentação]. Para além desta libertação, desencadeia-se também, durante os preliminares do ato sexual, fenómenos periféricos na dependência da libertação de testosterona e da sua degradação em estradiol (hormonio sexual). A saliva contem ainda testosterona, sendo uma das explicações prováveis para alguns estudos referirem que os homens preferem beijos mais húmidos e com a boca mais aberta (o que favoreceria a estimulação sexual da mulher e permitia também avaliar a fertilidade e o ciclo estrogénico) segundo nos explica Margarida Braga, citando a antropóloga Helen Fisher.
E ainda falam que tudo isso vem do acaso. Toda essa complexidade, isto sim é fantastico.
Quero deixar bem claro que não considero o ato de beijar no namoro em momento algum caracterizado como pecaminoso; o problema não está no beijo, mas sim no coração das pessoas. Mas quero alertar as moças e os rapazes cristãos que existe uma linha muito tênue entre pecado e santidade e tudo que me afasta da santidade me atrai a linha do pecado. O apostolo Paulo no capitulo 6 e versiculo 12 da primeira carta aos Corintios afirma: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas; mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas”. A Bíblia não condena em nenhum momento o vinho, ela condena o abuso do vinho, a embriaguez com o vinho como está escrito na carta de Paulo aos Efésios cap. 5 ver. 18.
Baseado na pesquisa que vemos acima ao qual foi extraída do site da Universidade Portuguesa do Porto)Ciência 2.0), entendemos que o beijo lingual, ou beijo françês como é chamdado ciêntificamente é um ato que deve ser compartilhado entre casais, marido e mulher e não entre namorados, principalmente sendo estes adolescentes pois sabemos que na puberdade é quase que impossível controlar os impulsos hormonais que sofremos. Não obstante nada impede que no namoro os moços e moças troquem um selilnho, um abraço um beijo no rosto ou qualquer outro tipo de carinho moderado. O primeiro pensamento que o jovem crtistão deve ter é: o que Jesus faria no seu lugar se Ele estivesse vivendo nos dias de hoje? Vocês acham que qual tipo de modelo para um namoro Ele adotaria? O mudando que fala que pode tudo? Ou o bíblico que fala que não devemos nos conformar com este século, que diz que somos a luz do mundo o sal da terra, porta vozes de Deus? Tudo que fazemos respinga em Deus, seja ruim ou seja bom.
Não estou dizendo que beijar é pedado, mas se o beijo ou outro tipo de comportamento tem afastado você de Jesus, faça imediatamente como Ele mandou como consta em registro de Mateus cap. 18 ver. 9 - “E, se teu olho te fizer tropeçar, arranca-o, e lança-o de ti; melhor te é entrar na vida com um só olho, do que tendo dois olhos, ser lançado no inferno de fogo”.
Para os que ainda assim querem arriscar achando que tudo não passa de uma brincadeira, quero deixar o seguinte texto: Prov. Cap. 6 vers. 27-28 que diz: “ 27 - Pode alguém tomar fogo no seu seio, sem que os seus vestidos se queimem? 28 – Ou andará sobre as brasas sem que se queimem os pés?”.
Eu aconselho ao jovem cristão a alicersar seu namoro em Cristo; todos os registros bíblicos que estimulam o beijo, falam de beijo conjugal. Por razões culturais, nos tempos bíblicos não existia namoro, apenas noivado e casamento. Quantas vezes vocẽ já leu um texto bíblico com sua namorada ou namorado? quantas vezes vocẽ orou com ele ou ela a respeito de algum assunto relevante? O principal motivo dos casamentos francassarem hoje em dia é porque as pessoas são atraídas pelos corpos, uns dos outros, apenas desejo e quando o desjejo acaba, junto também acaba-se o relacionamento. Você precisa amar a pessoa como o ser que ela é, não com o que ela pode lhe oferecer momentaniamente; afinal o sim que dizemos no altar tem que ser sincero, até que a morte os separem. Quando chegarem as dificuldades e os problemas no casamento se o nosso relacionamento é baseado em sexo, desejo e mediocridades, (que é o resultado de um namoro carnal) como se sustentará?